Nascido no Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1921, formou-se como Oficial da Marinha do Brasil na Escola Naval, em 1943. Durante a Segunda Guerra Mundial esteve embarcado em navio da Esquadra Americana que transportava a Força Expedicionária Brasileira – FEB para a Itália. Por força do destino, seu Pai então Coronel médico do Exercito Brasileiro, fazia parte do Escalão.
O transporte foi feito pelos navios americanos “General Mann” e “General Meigs”, comboiados por destróieres da Marinha Brasileira, até o Estreito de Gibraltar.
Faleceu no dia 27 de janeiro de 2017, em Niterói-RJ aos 96 anos, deixando a esposa Ilma Terra Borba, filhos, netos, bisnetos e admiradores.
Muito respeitado na Marinha, recebeu a Medalha do Mérito Naval de Guerra, a Medalha da Força Naval do Nordeste, a Ordem do Mérito Naval e a Medalha de Serviço Militar por Trinta anos.
Foi o Coordenador Nacional dos Escoteiros do Mar e, Presidente da Região Escoteira do Rio de Janeiro na década de 70. Presidiu o Centro Cultural do Movimento Escoteiro de 1985 a 2005.
Em 1987 o Conte Carlos Borba propôs através do projeto batizado de Rumo ao Mar, alavancar a arte da navegação a vela no Brasil com o propósito de “dotar os Grupos de Escoteiros do Mar de todo o Brasil com embarcações adequadas às práticas marinheiras e despertar o gosto pelas coisas do mar … o Engenheiro Maurillo Vinhas de Queiroz, ex Escoteiro do Mar que fora o projetista dos escaleres de fibra e bolina em uso na Escola Naval, prontamente aceitou o pedido para projetar escaleres de menor porte …”*
Após a construção de nove embarcações entre 1987 a 1997, o Projeto hibernou até meados de 2006 “quando o vento rondou e passou a soprar ‘a feição‘: … houve troca de ideias que giraram em torno da manifesta intenção de revitalizar o Projeto Rumo ao Mar: formou-se então um Grupo de Trabalho engajado em realizar a sua 2ª edição.”*
Nesta nova edição, o Projeto Rumo ao Mar ampliaria seu campo de atuação, visando desenvolver os jovens como cidadãos responsáveis e participativos no processo da evolução social. Navegando de coração aberto em busca de meta tão distante, o Conte Borba conduziu e ampliou o grupo de trabalho inicial que foi crescendo com novos entusiasta e adeptos do tema. Finalmente no dia 3 de junho de 2008 e, esta data não foi escolhida aleatoriamente, nascia o RUMAR – Instituto Rumo ao Mar. Era Lua Nova como explica Borba em seu relatório da 1ª Assembleia Geral Ordinária, “simbolizava o compromisso de crescer continuadamente, até atingir a sua plenitude na Lua Cheia*”.
Exerceu a função de Presidente fundador do RUMAR desde a sua instalação em 2008 até 2012 e, de 2012 a 2016 como Presidente licenciado.
Foi um grande exemplo para todos nós, admirável Homem de coragem, boa vontade, resistência moral, simples e perseverante na brasilidade. Como dizem os Escoteiros, partiu para o “Grande Acampamento”, deixando saudade, principalmente entre os seus amigos.
Nós do RUMAR estamos certos de que o seu esforço não foi em vão. Faremos a nossa parte, para que as sementes plantadas, cresçam como nos períodos lunares até atingir a sua plenitude na Lua Cheia, envolvendo o Brasil de norte a sul em novos tempos de maritimidade.
* Anotações do Conte Borba