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Na 6ª feira dia 1º de março de 2013, o RUMAR- Instituto Rumo ao Mar a convite do Almirante de Esquadra José Alberto Accioly Fragelli (Coordenador Geral do PROSUB – Programa de Desenvolvimentos de Submarinos), esteve presente na inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas – UFEM, importante marco da história nacional.

 

Como mencionou o próprio Almirante Fragelli, “a capacidade de saber construir o submarino com propulsão nuclear é uma obrigação, que temos que assumir com a Nação, para mantê-la livre, coesa e defendida para as futuras gerações”.

 

Seguem trechos dos discursos da Presidente da República e do Ministro da Defesa:

 

O Ministro da Defesa,  ressaltou em discurso, que “aquele era um momento em que o Brasil afirmava a importância da defesa dos recursos da Amazônia Azul”. Declarou ainda que “a decisão de implementar o programa, demonstra que o Brasil entendeu que a segurança não é algo delegável. Um país que quer ser autônomo e se firmar no mundo deve cuidar da sua segurança. Se formos eternamente dependentes daquilo que os outros nos fornecerem não teremos nossa autonomia, não poderemos defender nossos recursos, nossa população e a nossa orientação no mundo.”
Amorim também ressaltou que as ações vão gerar emprego e estimular a indústria naval e nacional. De acordo com a Marinha, “as construções vão gerar nove mil empregos diretos e 32 mil postos indiretos”.

 

Destacou também a nova concepção de defesa empreendida na última década. Para ele, o país está no caminho de garantir efetivamente sua soberania, deixando de depender de compra de armamentos de grande porte do exterior.

O submarino nuclear, será batizado de Álvaro Alberto em homenagem ao Almirante que introduziu a energia nuclear no Brasil.

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Já a Presidente da República salientou a “verdadeira epopeia que tem sido construir, […] uma infraestrutura que permita ao país de fato, se afirmar no mundo, mas, sobretudo, se desenvolver de forma soberana”. Cumprimentou os comandantes das Forças Armadas: almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, da Marinha; general do exército Enzo Martins Peres, do Exército; tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito, da Aeronáutica. Cumprimentou os Almirantes Mauro Cesar  (Presidente de Honra do RUMAR*) e Alfredo Karan  (Sócio Fundador do RUMAR*), ex- ministros da Marinha.

 

Fez uma saudação especial para todos os integrantes da Marinha brasileira.

 

Continuou, “nós podemos dizer, com orgulho, que essa obra é produto da iniciativa de várias, de múltiplas instituições privadas e públicas […] que, de fato, com ela, entramos no seleto grupo dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas – únicas nações que têm acesso ao submarino nuclear: Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia”.

 

Observou ainda que essa parceria tem de ter sempre o olhar cuidadoso de todos aqueles que nela participam. Porque “nós temos, por parte do povo brasileiro, a missão de garantir e assegurar que de fato essa tecnologia nos seja transferida conforme contrato”.

 

Destacou que “uma indústria da defesa, como disse o Ministro Celso, é uma indústria da paz. Mas eu acho que a indústria da defesa é, sobretudo, a indústria do conhecimento. Aqui se produz tecnologia, aqui tem também um poder imenso de difundir tecnologia. É isso que nos outros países, a indústria de defesa faz […] na sequência ela permite que nós generalizemos essa difusão por toda a cadeia produtiva”.

 

E, concluiu […] “nós somos uma nação muito característica, somos um país continental, vivemos em profunda paz com todos os nossos vizinhos. Somos uma região do mundo que não faz disputas bélicas, não tem conflitos e, sobretudo, uma região pacífica.

Todos nós temos consciência, no entanto, que o mundo é um mundo complexo. , O Brasil assumiu, nos últimos anos, uma grande relevância. Um país como o Brasil tem esse mérito de ser um país pacífico. Isso não nos livra de termos uma indústria da defesa e temos toda uma contribuição a dar na garantia da nossa soberania, e nos inserirmos cada vez de forma mais pacífica e dissuasória preventivamente no cenário internacional. Por isso, aqui, hoje nós temos a confluência de várias, múltiplas correntes, múltiplos fluxos do que é o desenvolvimento do país. De um lado, a afirmação da importância e do orgulho que nós sentimos quando olhamos para ali e vemos escrito: fabricado no Brasil. O conteúdo local, o conteúdo nacional do que é produzido aqui mostra a pujança da capacidade brasileira, tanto do ponto de vista da empresa privada, que constrói um empreendimento dessa envergadura, quanto do ponto de vista da Marinha, que o concebe, quanto do fato de que milhares de empresas privadas do Brasil forneceram equipamentos, bens e serviços para que isso tornasse realidade. Aí está, eu diria […] a capacidade de gerar tecnologia a qual nós mencionávamos […] tem um terceiro que é esse papel de afirmação soberana do Brasil como um país que se torna, cada vez mais, um país que é considerado no cenário internacional”.

 

* Notas e grifos do Editor

Fontes: 1-<http://www.defesanet.com.br/prosub/noticia/9901/UFEM—Discurso-de-Dilma-Rousseff> consultado em 03/03/2013;

2- Publicação da Marinha do Brasil para a inauguração da UFEM (PROSUB – Programa de Desenvolvimento de Submarinos UFEM – PRIMEIRO PASSO RUMO AO FUTURO, Março 2013)