Na terça-feira (19/03/2019), foi firmada uma nova parceria entre duas organizações não-governamentais para ajudar na recuperação da Baía de Guanabara por meio de uma técnica ainda pouco explorada no Brasil, o intercâmbio de histórias pessoais sobre a relação com mar.

O Urca Institute, que atualmente trabalha pela criação de um banco de pequenas histórias de moradores e frequentadores da Baía de Guanabara para produzir uma identificação entre eles, e assim fortalecer a mentalidade a favor da preservação do ecossistema, trabalhará em conjunto com a Rumo ao Mar (RUMAR), composta por velejadores que atuam com estratégia de solidariedade para estimular a mentalidade marítima na cidade, inclusive em parceria com a Marinha.

As duas instituições irão proporcionar projetos de pesquisa, cursos, exposições, seminários, material informativo e – o mais inovador – querem articular a disseminação de seus acervos através de técnicas ainda pouco usuais no Brasil, como pílulas em áudio com relatos pessoais. A aposta é que o tom personalista, diferente das já conhecidas campanhas genéricas sobre o assunto, pode comprometer as pessoas por um período mais longo, e através da memória afetiva.

A parceria também quer fortalecer a vocação balneária do Rio. Muito embora milhões vivam hoje no entorno da Baía de Guanabara ou de outras regiões litorâneas próximas, ainda é pequeno o número de pessoas que passeiam de barco ou que veem o mar como espaço apto para o lazer e turismo. Os responsáveis pela parceria querem mudar essa realidade apresentando histórias positivas ainda pouco conhecidas. E acreditam que, atraindo mais gente para água, podem ajudar na sua recuperação através da cultura.

Selaram o acordo Alexandra Joy Forman, escritora, especialista em técnicas de história oral e diretora do Urca Institute, e Cristiano da RM Pontes, velejador e secretário-geral da RUMAR. Junto com o Urca Institute estava presente o Rodrigo Luis Veloso, testemunho da nova parceria.